Polícia e Instituições Totais

Polícia e Instituições Totais

Ao erigir o conceito de Instituiçõies Totais, Erving Goffman as definiu como locais de permanência, residência e trabalho onde um dado número de pessoas, com situações semelhantes, vive “seccionado” da sociedade mais ampla por um período considerável, observando um regime fechado e formalmente administrado, como ocorre em asilos, campos de concentração, hospitais psiquiátricos, prisões, conventos, e, claro, quarteis e unidades policiais.

Nesse ambiente, indivíduos são cooptados pelas obrigações e rotinas de uma vida formalmente administrada, na qual a subjetividade dá lugar, paulatinamente, a um homem institucionalizado.

A institucionalização, uma espécie de alteração psicológica do sujeito, pode ser entendida como a absorção, pelo indivíduo sujeito à disciplina de uma instituição fechada (presídios, conventos, quarteis, hospitais psiquiátricos), das regras e da socialização geral da instituição.

Por vezes, esse processo ocorre de tal maneira, que o indivíduo ou não é mais capaz de viver fora desse contexto do ambiente institucional ou é impedido de viver sem estar absolutamente conectado a ele.

Esse é um traço elementar das instituições totais.

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