Policiais: Homens Institucionalizados

Enquanto indivíduos comuns, depois de um longo dia de trabalho, podem simplesmente se recolher aos seus espaços privados e se afastar das obrigações funcionais, para policiais, esse afastamento é significativamente mais difícil, uma vez que, em regra, o múnus policial vincula o indivíduo de tal modo que o alcança até mesmo em seu “universo doméstico” e em sua vida particular.

Junior Lima

10/14/20251 min read

Policial: Um Homem Institucionalizado

Enquanto indivíduos comuns e trabalhadores comuns, depois de um longo dia dedicado à sua atividade laboral, podem simplesmente se recolher aos seus espaços privados e se afastar das obrigações funcionais, a sociologia das relações trabalhistas ensina que, para policiais, esse afastamento é significativamente mais difícil, uma vez que, em regra, o múnus policial vincula o indivíduo de tal modo que o alcança até mesmo em seu “universo doméstico” e em sua vida particular.

A lógica tradicional de que policiais são policiais “24 horas” (ou que folgas e descansos regulamentares são sempre condicionados e hierarquicamente vinculados à necessidade do serviço ou ao interesse público) retiram do policial, senão por completo, mas ao menos parcialmente, este mecanismo automático de desligamento.

Pesquisa do Conselho Nacional de Justiça indica que as demandas decorrentes do serviço policial (audiências, plantões, disponibilidades, etc.) têm profundo impacto na rotina privada de policiais.

Essas audiências judiciais e rotinas conexas, muitas vezes, substituem seu horário de descanso, lazer e recomposição orgânica.

Tudo isso faz do policial um homem institucionalizado.

Isso foi só um "aperitivo". Quer saber tudo isso em detalhes?