Qual o Calibre de um Aparelho de Ar Condicionado?

Algumas pessoas acreditam que apertar o gatilho é a mesma coisa que apertar o botão do controle do ar condicionado numa sala de reuniões cuidadosamente climatizada à temperatura de 18 graus...

Junior Lima

10/14/20252 min read

QUAL O CALIBRE DOS APARELHOS DE AR CONDICIONADO?

Diversos "modelos" ou "parâmetros" de atuação policial têm sido introduzidos, à forceps, na estrutura policial brasileira.

Esses "modelos" de atuação partem, em regra, de gabinetes climatizados onde, ainda que tacitamente, acredita-se que puxar o gatilho é tão simples quanto apertar o seletor de temperatura de um aparelho de ar condicionado.

Teorias Policiais de Gabinete

Nos últimos anos, a atividade policial se tornou um canteiro de teorias sociológicas e exercícios ideológicos implementados por indivíduos, ONGs, pelo próprio Estado e até mesmo por policiais.

A realidade, por outro lado, tem mostrado que essas "teorias de gabinete" não têm qualquer repercussão prática na melhoria e no aperfeiçoamento da segurança pública ou na qualidade de vida das pessoas (seja dos usuários dos serviços de polícia, seja dos próprios policiais).

O grande risco dessas teorias (que transformam “qualquer um” em especialista em segurança pública), contribui mais para a alienação da atividade policial do que para a sua evolução.

Estudantes de Moda, Jornalistas, Socialites, Policiais e Neurocirurgiões

Não se vê, cotidianamente, um “estudante de moda”, um jornalista ou uma “socialite” se dirigir a uma sala de cirurgia com uma câmera na mão para questionar o preparo de um neurocirurgião ou para dizer se ele deveria inserir o bisturi um pouco mais à esquerda do lobo temporal direito ou se ele deveria ter feito a incisão a partir do hipotálamo ou a partir do córtex cerebral.

Por outro lado, “qualquer um” tem uma opinião científica sobre o preparo da polícia.

Qualquer um "sabe" se um policial poderia ter atirado ou não.

O Espectador-Juiz

A convicção é um luxo para quem apenas observa.

Para quem apenas observa, “o policial deveria ter esperado mais um pouco antes de atirar”.

Para quem apenas observa, o policial deveria ter feito “isso” em vez “daquilo”.

A convicção é, enfim, um luxo para quem apenas observa o resultado prático das coisas.

O “espectador-juiz” é, assim, o indivíduo que desconhece o custo físico, jurídico e psicológico das decisões policiais ou o percurso epistemológico entre tomar uma decisão e efetivamente executá-la ou tirá-la do papel.

Isso foi só um "aperitivo". Quer saber tudo isso em detalhes?